Adotar protocolos seguros não é apenas boa prática, é uma necessidade


Gestão de risco em Cirurgia Vascular é, antes de tudo, uma forma de proteção ao paciente e ao profissional. Em um cenário cada vez mais judicializado, adotar protocolos seguros não é apenas boa prática — é uma necessidade. Isso começa com a padronização do atendimento: desde o primeiro contato na recepção até o seguimento pós-operatório, tudo deve ser registrado com clareza, precisão e responsabilidade.

Consentimentos informados específicos, fotografias pré e pós-operatórias, prontuário eletrônico completo, além de checklists e fluxos bem definidos ajudam a prevenir falhas e documentar a conduta médica com segurança. A equipe deve estar treinada para orientar corretamente, identificar sinais de alerta e jamais prometer resultados.

Gestão de risco também envolve comunicação respeitosa, escuta ativa e preparo para lidar com intercorrências com base técnica e postura acolhedora. Isso inclui reconhecer limites, buscar segunda opinião quando necessário e manter o paciente sempre bem informado.

Para os novos colegas da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular, é fundamental compreender que a gestão de risco não atrasa o atendimento — ela o qualifica. Médicos que se organizam, se documentam e se protegem constroem uma prática mais segura, ética e valorizada.

Dr. Michel Nasser

Vice-diretor de Defesa Profissional da SBACV-SP