Com práticas diárias simples, como usar calçados com bico largo, manter a pele hidratada e ter atenção ao cortar as unhas, é possível evitar complicações graves e preservar a saúde dos pés

No Dia Mundial do Diabetes, celebrado em 14 de novembro, é importante destacar os riscos e os cuidados necessários para evitar complicações graves associadas à doença. O diabetes pode alterar a forma e a sensibilidade dos pés ao longo do tempo, aumentando o risco de feridas que, em casos mais graves, podem levar a deformidades e até à perda do membro. Essas alterações caracterizam o pé diabético e representam uma preocupação constante para quem convive com a doença. Segundo o relatório de 2021, da Federação Internacional do Diabetes, aproximadamente 15,7 milhões de pessoas têm diabetes no Brasil. Esse número tende a crescer, e projeções indicam que, em 2045, o país poderá ter 23,2 milhões de diabéticos. Atualmente, o Brasil ocupa o sexto lugar no ranking global de países com mais pessoas vivendo com diabetes. Para esses pacientes, o risco de feridas nos pés é significativo, com complicações graves em potencial: 40% podem desenvolver novas lesões em um ano, 60% em três anos e até 65% em cinco anos. De acordo com o cirurgião vascular e membro da Comissão de Pé Diabético da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular – Regional São Paulo (SBACV-SP), Dr. Afonso Cesar Polimanti, o descontrole da glicemia é o principal fator de risco para o pé diabético. “Quando os níveis de açúcar no sangue permanecem elevados por longos períodos, podem obstruir os vasos sanguíneos de menor calibre, afetando o corpo de maneira semelhante ao cigarro, que também restringe as artérias das pernas. No entanto, ao contrário do cigarro, o açúcar causa uma obstrução mais calcificada, geralmente nas artérias menores, o que torna o tratamento ainda mais difícil e aumenta o risco de perda do membro", explica. Alguns sinais de alerta são importantes para avaliação médica imediata. Para pessoas com diabetes, o surgimento de feridas novas, áreas avermelhadas ou quentes, dor nas pernas, ou uma descompensação súbita no controle do açúcar no sangue acompanhada de febre são indícios de que algo grave pode estar ocorrendo e devem motivar uma consulta médica sem demora. Nas fases iniciais, alterações como ressecamento na pele dos pés, dormência ou sensação de queimação, especialmente à noite, são comuns e indicam problemas na sensibilidade. Muitos relatam até a “perda do chinelo” ao caminhar, pois não percebem quando ele sai do pé. Identificar essas alterações precocemente permite um impacto positivo no controle da saúde e na prevenção de complicações mais sérias. O Dr. Polimanti orienta que medidas preventivas, como o uso de calçados adequados – com bico largo, sem costuras internas e meias claras – são fundamentais para proteger os pés. Ele enfatiza a importância de manter a pele hidratada para prevenir rachaduras e de ter cuidado ao cortar as unhas, a fim de evitar pequenos machucados. “Além disso, o autoexame diário permite identificar lesões e alterações iniciais, como ressecamento, dormência e sensação de queimação – sinais de alerta que não devem ser ignorados”, observa. Com a perda de sensibilidade e as alterações no formato do pé, feridas na planta do pé podem se desenvolver e, se infectadas, levar a complicações sérias, incluindo infecções generalizadas que podem exigir amputações. Dr. Polimanti destaca que, ao serem informados sobre os cuidados essenciais, os pacientes conseguem identificar essas alterações precocemente. “O perigo está nas feridas que passam despercebidas, especialmente considerando que o diabetes também afeta a visão devido a lesões na retina. Dessa forma, a pessoa pode se machucar e nem perceber que teve uma ferida aberta”, pontua. Para casos mais avançados, existem calçados feitos sob medida, ajustados ao formato do pé e projetados para reduzir o risco de ferimentos. Pacientes em fases iniciais devem preferir modelos confortáveis, fechados e com bico largo, que prendam bem o calcanhar e evitem que os dedos toquem a ponta do sapato. Por fim, o Dr. Polimanti reforça que a atividade física é muito importante para o controle do diabetes, englobando exercícios aeróbicos, como corrida e ciclismo, e resistivos, que incluem os exercícios de força, usando peso do próprio corpo, ou halteres e pesos. “O exercício aeróbico reduz o risco cardiovascular e melhora o sono, enquanto o resistivo aumenta a massa muscular e melhora a circulação nas pernas, além de diminuir a resistência à insulina, a principal causa do diabetes tipo II. Também é essencial ficar atento aos sinais que exigem consulta médica imediata, como feridas novas, áreas avermelhadas ou quentes, dores nas pernas ou descompensação no controle do açúcar no sangue, especialmente se houver febre. Manter a hemoglobina glicosilada abaixo de 7,0 ajuda a prevenir complicações. O autocuidado é essencial; buscar ajuda rapidamente pode salvar sua perna. Exercício é remédio, simples assim”, conclui.

No Dia Mundial do Diabetes, celebrado em 14 de novembro, é importante destacar os riscos e os cuidados necessários para evitar complicações graves associadas à doença. O diabetes pode alterar a forma e a sensibilidade dos pés ao longo do tempo, aumentando o risco de feridas que, em casos mais graves, podem levar a deformidades e até à perda do membro. Essas alterações caracterizam o pé diabético e representam uma preocupação constante para quem convive com a doença.

Segundo o relatório de 2021, da Federação Internacional do Diabetes, aproximadamente  15,7 milhões de pessoas têm diabetes no Brasil. Esse número tende a crescer, e projeções indicam que, em 2045, o país poderá ter 23,2 milhões de diabéticos. Atualmente, o Brasil ocupa o sexto lugar no ranking global de países com mais pessoas vivendo com diabetes. Para esses pacientes, o risco de feridas nos pés é significativo, com complicações graves em potencial: 40% podem desenvolver novas lesões em um ano, 60% em três anos e até 65% em cinco anos.

De acordo com o cirurgião vascular e membro da Comissão de Pé Diabético da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular – Regional São Paulo (SBACV-SP), Dr. Afonso Cesar Polimanti, o descontrole da glicemia é o principal fator de risco para o pé diabético. “Quando os níveis de açúcar no sangue permanecem elevados por longos períodos, podem obstruir os vasos sanguíneos de menor calibre, afetando o corpo de maneira semelhante ao cigarro, que também restringe as artérias das pernas. No entanto, ao contrário do cigarro, o açúcar causa uma obstrução mais calcificada, geralmente nas artérias menores, o que torna o tratamento ainda mais difícil e aumenta o risco de perda do membro”, explica.

Alguns sinais de alerta são importantes para avaliação médica imediata. Para pessoas com diabetes, o surgimento de feridas novas, áreas avermelhadas ou quentes, dor nas pernas, ou uma descompensação súbita no controle do açúcar no sangue acompanhada de febre são indícios de que algo grave pode estar ocorrendo e devem motivar uma consulta médica sem demora. Nas fases iniciais, alterações como ressecamento na pele dos pés, dormência ou sensação de queimação, especialmente à noite, são comuns e indicam problemas na sensibilidade. Muitos relatam até a “perda do chinelo” ao caminhar, pois não percebem quando ele sai do pé. Identificar essas alterações precocemente permite um impacto positivo no controle da saúde e na prevenção de complicações mais sérias.

O Dr. Polimanti orienta que medidas preventivas, como o uso de calçados adequados – com bico largo, sem costuras internas e meias claras – são fundamentais para proteger os pés. Ele enfatiza a importância de manter a pele hidratada para prevenir rachaduras e de ter cuidado ao cortar as unhas, a fim de evitar pequenos machucados. “Além disso, o autoexame diário permite identificar lesões e alterações iniciais, como ressecamento, dormência e sensação de queimação – sinais de alerta que não devem ser ignorados”, observa.

Com a perda de sensibilidade e as alterações no formato do pé, feridas na planta do pé podem se desenvolver e, se infectadas, levar a complicações sérias, incluindo infecções generalizadas que podem exigir amputações. Dr. Polimanti destaca que, ao serem informados sobre os cuidados essenciais, os pacientes conseguem identificar essas alterações precocemente. “O perigo está nas feridas que passam despercebidas, especialmente considerando que o diabetes também afeta a visão devido a lesões na retina. Dessa forma, a pessoa pode se machucar e nem perceber que teve uma ferida aberta”, pontua. 

Para casos mais avançados, existem calçados feitos sob medida, ajustados ao formato do pé e projetados para reduzir o risco de ferimentos. Pacientes em fases iniciais devem preferir modelos confortáveis, fechados e com bico largo, que prendam bem o calcanhar e evitem que os dedos toquem a ponta do sapato.

Por fim, o Dr. Polimanti reforça que a atividade física é muito importante para o controle do diabetes, englobando exercícios aeróbicos, como corrida e ciclismo, e resistivos, que incluem os exercícios de força, usando peso do próprio corpo, ou halteres e pesos. “O exercício aeróbico reduz o risco cardiovascular e melhora o sono, enquanto o resistivo aumenta a massa muscular e melhora a circulação nas pernas, além de diminuir a resistência à insulina, a principal causa do diabetes tipo II. Também é essencial ficar atento aos sinais que exigem consulta médica imediata, como feridas novas, áreas avermelhadas ou quentes, dores nas pernas ou descompensação no controle do açúcar no sangue, especialmente se houver febre. Manter a hemoglobina glicosilada abaixo de 7,0 ajuda a prevenir complicações. O autocuidado é essencial; buscar ajuda rapidamente pode salvar sua perna. Exercício é remédio, simples assim”, conclui.