ACESSOS VASCULARES

São as diversas formas como os profissionais de saúde conseguem obter acesso ao nosso sistema circulatório. Usados há muito tempo na Medicina, eles vêm evoluindo juntamente com ela, não se tratando apenas daqueles dispositivos que são colocados em nossos braços quando precisamos receber alguma medicação. Têm diversas finalidades, dentre as mais comuns temos a administração de medicamentos e coletas de amostras de sangue.

Também servem para tratamentos médicos específicos, como hemodiálise, obtenção de células-tronco para transplante de medula óssea, filtração de determinados componentes do sangue e nutrição parenteral (quando são fornecidos nutrientes para o paciente por meio da veia).

Os tipos de acessos mais utilizados na prática do cirurgião vascular são os cateteres venosos centrais de curta e longa permanência, além das fístulas arteriovenosas que são utilizadas para hemodiálise.

Chamamos o cateter de central quando sua extremidade dentro do paciente vai se localizar junto ao coração, a partir de onde as medicações irão se espalhar para o restante do corpo.
Os cateteres de curta duração são comumente utilizados para as cirurgias de grande porte, quando a saúde do paciente é mais frágil, quando é necessário usar medicações para controle mais rigoroso da pressão arterial ou também quando não há outra opção de acesso venoso para o paciente.

Os cateteres de longa permanência são divididos em dois tipos: os totalmente implantáveis, e os semi-implantáveis (quando parte deles fica exteriorizada na pele).
Os cateteres semi-implantáveis podem ser utilizados para fins como hemodiálise, infusão de diversos tipos de medicamentos, filtração de componentes do sangue, transplante de medula óssea. Esses dispositivos possuem um mecanismo, localizado logo após sua inserção na pele, que serve para fixação e proteção contra a passagem de microorganismos que podem causar infecção. Dentre suas vantagens estão o rápido acesso para administrar medicações e coletar sangue. Porém, como possuem uma parte exteriorizada, estão mais expostos ao risco de infecção e, por esse motivo, necessitam de mais cuidados com higienização e curativos regularmente.

Os cateteres totalmente implantáveis são aqueles que não têm nenhuma parte exteriorizada. São compostos pelo cateter propriamente dito e por um reservatório (este será puncionado através da pele para que se tenha acesso ao sistema circulatório). É mais frequentemente utilizado em pacientes com câncer que necessitam de quimioterapia, seja pelo período prolongado de tratamento a que serão submetidos, ou então porque o tipo de medicamento não pode ser administrado por veias periféricas (veias dos membros).

Outros possíveis usos para esses dispositivos são: coleta de amostras de sangue, transfusão de sangue e hemoderivados, tratamentos de longa duração em pacientes com veias inadequadas nos membros (para receber antibióticos, por exemplo) e nutrição parenteral prolongada. Para serem utilizados após instalados, são necessários profissionais treinados que irão realizar uma preparação adequada da pele onde o reservatório se encontra e punção dele com agulha específica para este dispositivo. Essa técnica visa diminuir ao máximo a possibilidade de infecção do cateter.

Os cateteres de longa permanência devem ser implantados em centro cirúrgico, com técnica totalmente estéril. O posicionamento de sua extremidade no interior do paciente pode ser determinado com controle radiológico (raio-X), ou por outro dispositivo com auxílio do eletrocardiograma. O tipo de anestesia a ser utilizado varia de acordo com a condição clínica de cada paciente, podendo ser apenas local, associação dessa com sedação ou então anestesia geral.

Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular – Regional São Paulo – Departamentos e Comissões
https://sbacvsp.com.br/departamentos-e-comissoes/

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